Veja como estão as obras das Olimpíadas Rio 2016 a 1 ano da competição



Restando apenas 1 ano para o início das Olimpíadas Rio 2016, que terá seu início no dia 5 de agosto, uma grande dúvida que fica no ar é: como está o andamento das obras? Em um país acostumado a conviver com os frequentes atrasos nas obras, falta de cumprimento dos prazos e com um gasto elevado e sempre acima do previsto inicialmente, o acompanhamento das realizações do governo por parte da população passa a ser cada vez mais acirrada – e com razão. 

Diante disso, é de suma importância o papel da mídia para manter a população atualizada dos atos do governo, evitando possíveis escapadas e desculpas que sempre são dadas pelos governantes. E se tratando das Olimpíadas a história não seria diferente – vamos mostrar a você um panorama geral de como está o andamento das obras, os prazos que estão sendo cumpridos (ou não) e os principais problemas que ainda não foram resolvidos.

E é claro: quanto dinheiro está sendo investido e se está sendo usado da forma correta. Ficou curioso? Então não deixe de ler esse artigo.

Detalhes básicos sobre os jogos

Os jogos olímpicos Rio 2016 serão disputados em 4 regiões bastantes conhecidas do Rio de Janeiro: Maracanã, Barra, Copacabana e Deodoro. São 33 locais que estão sendo construídos ou reformados para receber as competições. Da quantidade de locais citada acima, 14 ainda estão em construção, além de estruturas que serão montadas de forma temporária. 

Na parte de gastos, são R$ 2,35 bilhões destinados à construção do parque olímpico, cerca de 3 bilhões para a construção da vila dos atletas e mais R$ 835 milhões para o complexo montado na região de Deodoro. Os recursos são advindos do governo federal, governo municipal e de parcerias público-privadas.

E como está o cronograma de obras?

Em relação ao cronograma de obras, durante a realização dos jogos Pan-Americanos de Toronto, cerca de 55% das obras previstas para o evento estavam concluídas, segundo informado pelo presidente da APO (Autoridade Pública Olímpica), Marcelo Pedroso. Ou seja, um longo caminho ainda tem de ser percorrido faltando apenas 1 ano para o início dos jogos.




A situação segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI) não é alarmante, mas o alerta quanto aos atrasos está aumentando com as proximidades do evento.

Alguns problemas passaram a tomar mais atenção por parte dos organizadores, sejam pelos atrasos, ou até mesmo pela impossibilidades de concluí-los até 5 de agosto.

A seguir iremos listar os principais obstáculos a serem resolvidos: 

- Limpeza da Baía de Guanabara

Esta tem sido a principal polêmica enfrentada pelos organizadores, pois a limpeza completa da Baía tem sido colocada como “impossível” pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro, que admitiu que só seria possível efetivar a limpeza apenas em 2030. A promessa era de tratar até 80% do esgoto despejado na Baía, que receberá as competições de vela nas Olimpíadas.   

O descumprimento desta ação está resultando em críticas ferrenhas às autoridades, já que os detritos presentes na água podem atrapalhar a performance dos barcos, e isso pode influenciar diretamente nos resultados da competição. A porcentagem atingida até hoje é de apenas 49% de despoluição da Baía.

Mas segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, as medidas para despoluição estão sendo readequadas e parcerias estão sendo formadas para aumentar a velocidade de recuperação das águas.

De qualquer forma, segundo nota do INEA (Instituto Estadual do Meio Ambiente), a zona de competições de vela passou testes e segundo o resultado, mostrou índices compatíveis com os padrões internacionais. Além disso, está sendo elaborado um projeto de instalação de ecobarreiras, para combater o lixo flutuante. 

-  Linha 4 do metrô

A nova linha do metrô irá ligar Ipanema à Barra da Tijuca e será composta de 6 estações, que tem previsão para inauguração em julho de 2016, restando apenas 1 mês para o início dos jogos. Esta obra tem sido considerada o principal legado dos jogos à cidade do Rio de Janeiro.

Porém, devido a mudanças no projeto, a estação da Gávea não ficará pronta a tempo, e será inaugurada apenas em dezembro do ano que vem. A justificativa dada pelo governo é de que o projeto precisou passar por uma expansão que trará ainda mais benefícios à população, e que não irá atrapalhar a operação do metrô durante os jogos.

- Atrasos em obras importantes 

Apesar do governo e a prefeitura do Rio de Janeiro terem afirmado o compromisso de entregar todas as obras dentro do prazo, algumas delas estão aumentando a preocupação dos organizadores.

O estádio olímpico, fechado em 2013 para reformas de emergência na estrutura, tem previsão para ser inaugurado no 2º trimestre de 2016, período considerado próximo demais da abertura, sendo inviável qualquer tipo de intervenção no cronograma de entrega.

Já o centro olímpico de Deodoro, com atraso no início das obras, tem sido a principal obra que corre contra o tempo para não ser entregue fora do prazo. Dentro desse complexo, a maior preocupação é o centro de hipismo, que tem previsão para ser entregue também no 2º trimestre de 2016, às vésperas do início dos jogos.

O velódromo utilizado no Pan de 2007 não pôde ser reaproveitado para as Olímpiadas, sendo necessária a construção de outro complexo, que a princípio estava com atrasos, mas agora segundo a prefeitura vai ser entregue duas semanas antes do previsto.

Além de todas as polêmicas e pressões enfrentadas pelo governo do Rio de Janeiro, ainda resta um último fator que pode influenciar no andamento das obras: 7 construtoras envolvidas em 11 obras essenciais para as Olímpiadas estão envolvidas no escândalo de corrupção da Operação Lava Jato. No entanto, a prefeitura e o governo do Rio de Janeiro afirmam que as empresas continuam cumprindo suas obrigações seguindo o cronograma estabelecido e as obras serão entregues dentro do prazo.  

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